quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Emydgio de Barros e Raphael Domingues


 

Visitei no Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro, uma fantástica  exposição que reúne cem obras de dois grandes artistas:  Raphael Domingues (1912-1979) desenhos e Emygdio de Barros (1895-1986) pintura. Ambos diagnosticados como portadores de esquizofrenia. A exposição  homenageou a memória da psiquiatra Nise da Silveira que criou o ateliê de artes do Setor de Terapêutica Ocupacional e Reabilitação, mantido no Centro Psiquiátrico Nacional hoje Instituto Municipal, lutou bravamente contra os  procedimentos agressivos aplicados nos anos 1940 em doentes mentais, como lobotomia, choque elétrico e injeções de insulina.
Em seu ensaio sobre a obra de Emygdio de Barros, o curador Rodrigo Naves, após examinar as obra do pintor, considera alguma semelhança em relação às obras de Matisse, Munch.   “Sua formação num contexto social hostil paradoxalmente o levou a buscar harmonia por meio de uma intensidade cromática, não ilusionista, como a dos expressionistas.” Naves cita como exemplo o contraste entre a paz interior de um homem trabalhando em seu ateliê e a paisagem em movimento desestabilizador vista através da janela numa de suas telas.
 
 

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